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POR QUE AS CRIANÇAS GOSTAM DAS AULAS DE MUSICALIZAÇÃO?



Não tem nada mais gratificante para um educador do que ver os seus alunos engajados e interessados em suas aulas. Ver os alunos na expectativa para chegar a próxima semana e saber o que vai ser dado em sala, não tem preço.


E o que fazer para que esse retorno possa acontecer independentemente se você é educador musical ou não?


Muito mais do que fazer com que a criança toque um instrumento ou venha a ser um músico profissional, a musicalização é um processo de sensibilização, não somente sonora, mas um processo de sensibilização global. É se perceber, perceber o outro, é enxergar as diversas possibilidades de criação nos seus diversos espaços, refletir sobre as atividades executadas, dialogar e respeitar as ideias que podem imergir no grupo, é integrar o seu corpo e mente.


A forma de internalizar, compreender e ensinar a música mudou muito nas últimas décadas. Foi necessária uma ruptura com o ensino tradicional de ensino e abrir caminho para uma nova forma de ensino mais humanizada, onde o aluno é parte integrante do conhecimento. O aluno é também o sujeito ativo no processo de ensino-aprendizagem afinal de contas possui um ponto de vista, ideias e argumentos.


E quando refletimos sobre esse novo contexto de educação musical, quando nós estamos no “chão” da escola, ou seja, quando estamos ativos em nossa profissão e entendemos sobre os aspectos da educação infantil, as suas fases de desenvolvimento, a importância do brincar e a relação de todos esses aspectos com a aprendizagem e a forma como precisamos compreender e aceitar como essas questões da aprendizagem deve acontecer nesse período para se tornar efetiva, torna-se mais fácil nos posicionarmos frente as propostas a serem levadas para a sala de aula.


Dessa forma, não tem como pensarmos em todos esses pontos sem termos presente em nossa prática de ensino, seja em casa ou na escola, a ludicidade.


Os especialistas formados em educação musical sabem que é preciso perpassar primeiramente pela prática seja dançando, brincando, cantando, tocando antes de adentrarmos as questões técnicas e teóricas que na verdade já se encontram integradas nas atividades em execução; A diferença é que não ficamos pontuando de forma tecnicista como fazemos ás vezes com os adultos. A pedagogia ativa é categórica quanto a isso e o educador que está em sala de aula deve ter esse cuidado e percepção do quanto é importante, antes de qualquer outra coisa, sentir a música no corpo.


E mesmo ao profissional que não é especialista, mas que gosta de usar a música no processo de aprendizagem não é diferente. Trabalhar o movimento, a dança, o canto, a compreensão da música de todas as formas possíveis faz total diferença para chegarmos em nosso objetivo final. Seja para trabalhar escuta, alfabetizar, para trabalhar a coordenação e etc.


Há mais de dez anos leciono música para crianças e em todos esses anos a aula de música, era a aula mais esperada. Isso relato das próprias professoras. E engraçado que quando eu ia pegá-los em sala, a primeira coisa que perguntavam era: “O que você trouxe hoje professora? ” Ou “O que vamos fazer hoje? ”


Essas falas ao longo dos anos me fizeram refletir sobre muitas coisas e pesquisando encontrei um artigo que trazia exatamente essas reflexões do: Porque as crianças gostam tanto das aulas de música?


O primeiro fator é a utilização do instrumento e exploração sonora – Não tem como negar que tocar um instrumento é algo muito legal. E quando a criança tem o contato com esse tipo de material é encantador afinal de contas não é algo comum no cotidiano de muitos. E é claro que esse é um fator muito relevante para as crianças em uma aula de música. O que faz com que elas fiquem ansiosas para chegar o dia de tocar.


A exploração dos instrumentos, suas possibilidades de ser tocada, a conexão entre material e aluno faz parte do processo de sensibilização e conhecimento e super necessário em um mundo totalmente ligado no 220w. Esse espaço de liberdade que é fornecido a criança, sem a aceleração indevida de: “passa rapidinho que é a vez do outro” faz com que a criança consiga estabelecer o seu tempo no espaço que é retirado dela em vários momentos. Mais um fator que a faz se sentir bem na aula de música.


No entanto, o instrumento por si só não estabelece um contínuo de prazer se não houver uma direção. Se não tiver um repertório. Se eu não souber o que fazer com ele.


O professor ou educador ou mediador, como quiserem ser chamados, ajuda as crianças na compreensão das aulas e como se dará a execução das atividades. Afinal, manter a ordem é importante para que consigamos extrair o máximo das nossas potencialidades.


Nesse processo o professor explica ou simplesmente, sem muitas palavras, apenas com gestos conduz a atividade enquanto as crianças reproduzem a proposta sem necessariamente uma comunicação verbal. Afinal, não precisamos falar a todo momento. Isso gera conectividade com o grupo pois o professor entende os alunos e vice-versa. Ao longo dessa construção de conhecimento o aluno é ouvido. Ele sabe que pode trazer ideias que serão ouvidas e testadas. Gera confiança. A criança não tem medo de errar nem medo de ser ridicularizada porque é ensinado que errar faz parte e tudo bem. O músico também erra. A gente sabe disfarçar bem, só isso. Mas acontece.


Há várias formas de conduzir a aula. Vários recursos visuais que podemos utilizar e que as crianças ficam encantadas quando apresentadas a elas mostrando as inúmeras possibilidades que temos em mãos para realizar música. Quebrando o paradigma de que a música só pode ser feita com instrumentos específicos.


Os diálogos trazidos por eles, esse espaço que possuem para comunicarem suas experiências e relacionar com a música e com outras matérias, faz com que eles se sintam seguros porque percebem que sua fala tem relevância e é importante para o educador ouvinte.


E como educadores e família precisamos trazer para a vida das crianças essa sede em aprender independente do que seja.


A família é um fator fundamental para que esse desejo aflore. A criança gosta quando os pais perguntam o que aprenderam de novo. De ser parabenizadas pelas conquistas. Todos nós gostamos de compartilhar esses momentos. E quando a família faz parte desse processo de forma afetiva e com respeito, faz com que a criança se sinta mais motivada em aprender.


Como tem sido o engajamento dos seus alunos em suas aulas? Ou como tem sido o engajamento do seu filho em casa com relação a aprendizagem? Você sente dificuldade em manter a turma interessada em suas aulas? Faltam ideias? Você família, quer ajudar mas não sabe como?


Comente aqui embaixo.


Deixo como dica de leitura: Eu quero ouvir de novo. O envolvimento de crianças de 5 anos na musicalização infantil – Tiago Madalozzo


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